quarta-feira, 4 de julho de 2007

Os conteúdos e o Processo de Avaliação de um P.A

Os conteúdos são desenvolvidos a partir de uma visão escolar construtivista. Como um novo paradigma que se instala, através de aulas com um currículo plural, trabalhando com os alunos a interdisciplinariedade e a interatividade, bem como construíndo um conhecimento novo ou algo de impacto e descoberta.
Devemos nós educadores, com o tempo, realizar e praticar esse contexto novo com nossos alunos, subvertendo essa ordem, voltando-se para conteúdos com currículos desestabilizantes, transgressores de hierarquias, aberto ao diverso e centrado nas questões e problemas dos alunos, que se originam nas tentativas de interpretação da realidade em que vivemos. Os conteúdos dentro do enfoque de P.A. são germinados nos interesses dos próprios alunos, possibilitando a construção de conhecimento à medida que buscam alternativas de solução para os problemas que estão interessados em resolver. O importante além de saber é fazer saber, quer dizer a Ação e Experimentação por parte dos educadores e educandos. O educador pode e deve ter momentos em que favorece as questões dos alunos (P.A.), problematiza o que trazem, e momentos em que devem propiciar a sistematização e a formalização do que os alunos estão construíndo ( o tradicional) .
O problema é sabermos operar com estas duas formas de atuação, em proveito da aprendizagem dos alunos.
Já, a Avaliação escolar envolvendo o projeto de Aprendizagem (P.A.) deve sair do habitual, que compreende a avaliação centrada no ensino. Esse tipo de metodologia constitui a avaliação quantitativa e que parece ser o desejável. Esta aparece de forma bastante característica nas escolas em que o vestibular é o elemento ou meta externa a ser alcançada.
Em P.A., numa visão construtivista pela qual o foco do trabalho de sala de aula está centrado nos processos de interação, nas trocas sóciocognitivas, na ação dos aprendizes e na costrução de conhecimentos, a avaliação necessariamente terá de captar as novas relações que os alunos são capazes de estabelecer. É uma metodologia centrada na aprendizagem, em o quê pensa esse aluno e quanto de saber-conhecimento ele se expressa. Todos os envolvidos, professores e alunos atuam como avaliadores. Tem-se atualmente a compreensão e idéia do aumento do uso da visão libertadora ( construtivista) em sala e em prática. Está bastante difundida a idéia contrária à avaliação quantitativa e de resultados. Procura-se desenvolver cada vez mais a avaliação qualitativa de processos ( modelo construtivista).

3 comentários:

NTE Brusque disse...

Olá Francisco,

Você conseguiu definir muito bem como se dá o trabalho por meio de um PA.
Realmente não é fácil para nós professores darmos um salto de paradigma, ou saja, sair da função de transmitir conhecimento para construir conhecimento, de forma a ser o mediador na construção deste conhecimento.
As relações professor/ aluno (vice-versa) serão de parceria, passando da impessoalidade para a pessoalidade. Todos, dentro desta nova concepção, têm muito a apreender.

Um abraço!

NTE Brusque disse...

Olá Francisco,

Lendo os comentários nos Blogs, chamou-nos atenção sua instigação no blog do Nadjair: "Como trabalhar com PA na disciplina de matemática?"
Realmente na primeira vista não é fácil, quando se pensa a matemática apenas como ciência exata.
Um PA parte da curiosidade do aluno, conforme foi mostrado no último encontro presencial, dando continuidade com a pesquisa para num terceiro momento se chegar aos conteúdos específicos de cada disciplina, inclusive conteúdos relacionados à matemática, podendo-se trabalhar a interdisciplinaridade.
Você pode também iniciar um PA determinando um conteúdo abrangente dentro da matemática, para que a partir daí os alunos elaborem suas questões de investigação. Porém é necessário que haja uma motivação, ou seja, um explanação concreta para que o aluno relacione este conteúdo ao seu dia a dia para depois se sentir instigado a fazer suas perguntas sobre o tema.
Ex. Não basta o professor dizer: elaborem perguntas sobre funções ou frações. É preciso criar uma situação concreta para que sintam-se motivados a questionar, partindo de sua realidade.

Esperamos estar contribuindo.
Deixe-nos um comentário em nosso BLOG, sobre esta possibilidade.

Um abraço!

sibele disse...

Instigação: Amigo Professor Francisco, como é essa transformação de idéias não construtivista e libertadora-construtivista???